segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Karma


Carlos Constanza era um garoto muito, mas múito supersitcioso. Essa mania começou desde cedo, mais ou menos quando ele tinha uns 8 anos de idade, época em que era apaixonado por Sandra Soares. Ah, como ela era bonita, meiga, com os cabelos castanhos esvoaçantes, com os lábios cor de cerela e uma força no chute de perna esquerda que derrubava qualquer um.

Enfim, mas essa história não é sobre a Sandra e sim sobre a superstição do Carlos. Não é difícil de imaginar que ele não passava debaixo de escadas, evitava ao máximo espelhos, com medo de quebra-los e nem se arriscava sair de casa em sextas-feiras 13. O pior de tudo era que o garoto era realmente azarado. Qualquer deslize e tudo vinha por água abaixo.
A pobre mãe e os 12 psicólogos que atenderam o garoto sofreram para fazer o menino se ajustar. Mais ou menos uns 23 anos, mas colocaram fim na história.
O garoto cresceu, virou um adulto e começou a tomar as rédeas de sua vida. Conheceu uma linda mulher, arrumou um trabalho em uma grande empresa...tudo na mais perfeita ordem, até que o fatídico dia chegou.

Ah, as vezes parece que os deuses parecem brincar com a gente. Nossa, como aquele momento, aquele crítico momento poderia ter sido evitado.
Carlos era um aficcionado por futebol. Amava o esporte mais do que tudo. E finalmente havia chegado o dia de poder celebrar o título que faltava ao seu clube de coração, aquele que calaria a boca dos críticos e torcedores rivais.

O grande dia chegou. Ele se se preparou muito para isso. Logo pela manhã sentiu lentamente o sono indo embora e o som da rua chegando. Nem precisou abrir os olhos para perceber a luz da manhã, o céu azul. Ele girou o corpo de lado, abriu lentamente os olhos e...

"PUTA QUEÔ PARIU!", ele disse.


Pobre negro gato que apareceu na hora errada.

Com a voz trêmula, as lágrimas escorrendo pelo rosto, teve apenas forças para soltar um último sussurro...




"Vai, Corinthians!"

Um comentário:

cacaio disse...

cacete ,pior que é assim mesmo.